Clara lembrança
Da juventude
Quando o amor
Em sua plenitude
Era a esperança
E o clamor
De um coração
Apaixonado.
Clara beleza
Que como uma flor
Ainda em botão
Fazia um coração
Agir sem firmeza
E sonhar com o amor
embora sem saber
Qual o sentido.
Clara Regina
Cuja formosura
Nos traços de menina
Levava a loucura
Aquele garoto
Tão acanhado
Que mesmo
Tão apaixonado
Não declarava
Seus sentimentos.
Clara lembrança
De uma Clara Regina
Que a memória
Não o deixa esquecer.
Clara, cujo destino
Não sabe dizer
E cuja lembrança
Lhe dá prazer
Mas caso encontrá-la
Não há de reconhecê-la.