Eu não posso acreditar nas coisas que você diz
Quando seus atos com nada disso condiz
E nem posso acreditar nas suas promessas
Quando os meus sentimentos de nada te interessa
Você foi uma paixão repentina
Com a qual eu não soube lidar
E vi em ti uma pessoa honesta e fina
Quando você não tinha nada a dar
Mas o amor, esse pobre cego,
Que se diz muito enxergar
Nem sempre domina o seu ego
E pela capa põe o livro a julgar.
E foi esse o meu ato de mal juiz
Que contraria os fatos e pra eles torce o nariz.
Dei-te tudo e você me traiu com sua conversa
E agora me diz que se arrependeu à beça?
Não, você não é mais uma menina
Que não sabe direito o que está a falar
Você quis sim parecer-se divina
Apenas para de mim se aproveitar.