Galinha d’água! Que d’água é?
Cozida ou assada? Do jeito que vier!
O vento de ontem, enchia o coração do vaqueiro com lembranças da infância e meninice: as noites de lua cheia no alpendre da fazenda e as brincadeiras de galinha d’água, nas enchentes do Saracura.
João Velho atirava uma pedra no meio do rio e os meninos mergulhavam feito martim-pescador e traziam a pedra de volta, nadando com uma mão só. As meninas se banhavam vestidas noutro ponto, retirado dali. Mas na hora de voltar pra casa. Todo mundo composto, o reencontro dos gêneros dava-se no caminho, com muita algazarra e respeito. Elas sinalizavam a partida, no tom da conversa em voz alta, quando se preparavam para ir embora.
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Adalberto Lima, trecho de Estrada sem fim...
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