Os dias passaram-se como se voassem e aproximava-se o período das provas. A professora Márcia estava mostrando a que veio. Toda a turma estava muito envolvida, e ela estava conseguindo sem maiores problemas substituir Frei Alex Mher. André estava completamente absorvido pelo curso. Quase não via Valquiria durante a semana, mas já nem se importava mais em terminar o namoro. Estava, com a distancia, aprendendo a gosta dela novamente. Só precisava de um tempo. Valquiria também estava totalmente envolvida com o curso e começava a relaxar um pouco os compromissos com a Igreja Metodista, e com o contato com acadêmicos de todos os tipos, começou a ser mais tolerante com o ateísmo do namorado. Benedito ainda não se encontrara. Dava aulas à tarde e à noite, mas seu jeito fechado como os demais professores acabaram por isola-lo. Na Faculdade o único amigo era André, que passavam horas e horas falando sobre física. André descobriu que Benedito também era ateu, mas quando era adolescente freqüentou a Congregação Cristã, obrigado pela mãe. Aos vinte fugiu de casa para estudar, e nunca mais voltou. Morou em Jacarezinho, onde estudou Educação Física, mas onde nasceu, e o que fez antes de vir para Santa Cecília, jamais revelou, e toda vez que André tocava no assunto, desconversava. Valquiria desde o primeiro dia em que o viu, não gostou dele. Vivia implicando com André, dizendo que ele não era boa companhia, que era muito esquisito, mas com o tempo foi o tolerando, pois toda vez que falava mal dele, era razão para brigar com André. Dizia que Benedito escondia alguma coisa no passado.