Passaram-se alguns dias desde o acidente com o policial Adelmo. Nenhuma pista. Marina Reuter está desesperada pelo sumiço de Breatrix. Mas a atenção da policia neste momento está concentrada em tentar ligar o atentado a Adelmo ao assassino dos alunos. O único que poderia esclarece alguma coisa seria o próprio Adelmo, mas ele ainda continua em como. Foi milagre ele não ter falecido. Fratura múltipla nas pernas, costelas, braço e corte profundo na cabeça.
- É estranho. Não tinha ninguém na rua, ninguém viu nada. Será que pessoal desta cidade não se antena que tem um bandido a solta.
- Gina, posso ser novato,mas conheço bem uma cidade atacada pelo medo, e conheço mais de perto ainda um bandido assassino. - Tom passa a mão na cicatriz do rosto, como se a lembrança do passado fizesse a ferida voltar a doer. – Este assassino não estava querendo matar Adelmo. Mesmo que tenha sido o mesmo assassino, ele não queira matar o policial. Analise bem. Todos os outros foram assassinados friamente. Pelos relatórios do Adelmo, e pelas fotografias, percebe-se que ele se aproximou das vitimas, matando-as com as próprias mãos. Porque ele cometeria o erro de apenas bater o carro no Adelmo, e não certificar sua morte? E mais. A casa de todas as outras vitimas foram reviradas. Mesmo a do peruano que não morreu em casa. o bandido foi até la e revirou, como se procurasse algo.
- Sim, Tom, mas o que será que ele procura?
O hospital de Curitiba liga para a delegacia avisando que o policial Adelmo saira do coma, e mais alguns dias poderia falar. Joana mandara uma força conjunta da policia civil e da policia militar procurarem Beatrix. Esperava-se até mesmo que ela poderia ter sido seqüestrada.
- E então, doutora delegada, alguma noticia da Beatrix? _ Mariana pergunta ao mesmo tempo que bate na porta aberta da sala da delegada.
- Boa tarde dona Marina. Não, nenhuma pista. Nada. Já começamos a pensar no pior. A família dela também disse que ela não deu noticia, não procurou nenhum parente de fora. Simplesmente sumiu. Estranho mesmo foi ela ter sumido justamente no dia em que o policial Adelmo foi atacado. A propósito, quando foi a ultima vez que a senhora a viu, don Marina?
- No dia do funeral do Jorge. Ela me ligou no dia em que sumiu e pediu uma folga, pois estava muito abalada com a morte do Jorge e queria descansar.
- Pode ficar tranqüila dona Marina. Nos vamos achar ela.
Marina se despediu da delegada, tinha que voltar para abrir a biblioteca.encontrou-se com a professora Elza no caminho, que lhe perguntou por Sandra, que não fora trabalhar desde o dia que Beatrix desapareceu. Marina disse que ela havia ligado para a Biblioteca e avisado que sua mãe estava doente e ela antecipou parte de suas férias para vuidar da mãe, que mora na zona rural, em uma cidade vizinha.
- É por isso que este livro fascinava tanto todos que o pegavam, nunca vi coisa mais estranha. É como se alguém quisesse esconder um segredo dentro dele, mas que todos vissem, mas não entendessem o que era. – Sandra estava tranca em sua casa, que por ser uma das casas antigas de Santa Cecília, tinha um porão, utilizado como deposito e dispensa. Sandra iluminou o local como pode utilizando velas e uma lanterna a bateria. No chão, várias embalagens de comida pronta e pizzas, garrafas de refrigerantes vazias e um colchão.