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Poesias-->Amor condenado. -- 22/12/2004 - 17:41 (elvira) |
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Ele e ela andavam de mãos dadas,
riam-se de rouquidão louca,
feitos cachoeiras arrepiadas,
liberdade a fazer-se pouca...
Perto estava o desenlace:
agoiro no ciciar das águas...
Nada há mais que os embarace,
no trago vindouro das mágoas!
Ternuras feitas cinzas,
carícias com sabor a ontem,
frieza do éden aborigene,
adiado nos lábios que mentem.
Pálida, ela faz um grande esforço:
peso, fardo no seu dorso!
Coração partido,
no peito foragido,
tremor de arrepio,
pelo tempo sumido...
Ele, ainda alienado,
olhar terno e apaixonado,
reinventa a história
de um amor incontido,
não mais consumido...
Exaustão...
o dever como palmatória
contraria o rebelde coração.
No reino deste ruído
impôe - se a separação.
A solução?
Dissipar o nevoeiro,
almejar D.Sebastião,
porque,
melhor que o cativeiro
é revelar ao mundo inteiro,
que este amor proibido
nunca foi conhecido
e,
morreu, sem nunca ser sentido!
Elvira:)
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