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| LEGENDAS |
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| Poesias-->Arruelas de Abraços -- 27/12/2004 - 09:45 (José Ernesto Kappel) |
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De ponta à ponta,
sem cordas
ou ondas,
fico calado
no meio de
tanta multidão.
O que tenho a
dizer, eles
já sabem.;
o que tenho de
ouvir,
já aprendi.
Dizer prá ela
é pouco aprendizado,
ela trabalha
de costureira
e eu num veleiro.
Pior prá nós dois:
eu não sei quem ela,
ela sabe, de ouvir
falar.
É minha esperança:
que minha sombra
um dia,
sem aborrecimento,
se faça
luz e se
enlace
num suave
acontecimento
de dois beijos
prá cá,
um abraço feito
prá lá !
Ai,dou bom-dia,
ou boa-tarde,
com muito prazer!
Por acaso,
agorinha,
não tenho
o que fazer!
E você?
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