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Poesias-->DESSAS COISAS BANAIS -- 16/01/2005 - 12:20 (Walter da Silva) |
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DESSAS COISAS BANAIS
Nosso amor
É brincadeira
De mau-gosto
Começa
E às vezes termina
No sol posto
Nosso amor
Também se pode
Não levar a sério,
E se o faz,
Acaba logo com
Todo o mistério.
Nosso amor
Tão sequioso de notícia
Sobrevive iminente
De malícia
Nosso amor
Que não dispensa comentário
É santo, diabólico,
Mercenário.
Nosso amor
Emérito apostador
Aposta até
No contra-amor
Nosso amor
Que duvido nosso
Ainda seja
Se regenera
Sempre que viceja
Nosso amor
Fadado amiúde
Ao insucesso
Tem dois minutos
De fama no processo.
Nosso amor
Que mal cabe em si
De tanto pejo
Espera com orgulho
Algum desejo
Nosso amor
Vândalo quando
Se despe
Mas pudico demais
Se amanhece
Nosso amor
Andarilho descalço
Passageiro
Neste mundo lotado
Vago outeiro
Nosso amor
Cheio de plumas
Paetês
É quarta-feira de cinzas
Talvez.
Nosso amor
Lúdico, melancólico
Aos domingos
Precisa respirar bucólico
Nosso amor
Mero poemeto brega
Quanto mais se aprisiona
Mais se entrega.
WALTER DA SILVA
Camaragibe Pernambuco Brasil
15 de janeiro de 2005
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