São regras que o coração sente vontade de cumprir não.
São tantas eleições,
São tantas execuções,que a gente vê por ai,que a gente tem que engolir.
A impunidade só anda aos nossos olhos,enquanto as algemas fazem da cor a raça,fazem a divisão de classe essa nação.
De um lado prega-se a santidade,
De outro a moralidade e uma razão.
O povo olha e colhe a situação.Assiste a tudo calado,mesmo sabendo,que nada vem de graça,nada cai do céu,que somos na verdade,esse cidadão de papel.
Em fevereiro,eis a redenção...
É tanta gente sambando para não morrer de ilusão,enquanto as escolas são abertas para os filhos como prisão.
A casa está pegando fogo.
Onde estão as nossas meninas?
Onde estão as crianças de nossas ruas?
Onde está direito?Pois nossa carta nos fala da lei de viver.E os nossos deveres?Será que estão ocupados em do Estado só receber?O fato não é o ato,que interessa ter.
Peculato é a ideologia,que nasce em cada entardecer.
É tanta gente...
É tanta gente na corda bamba,com os pés descalços, lagrimando pelos muitos velhos e moços,que todos os dias morrem,sem saber ao certo o que de fato vieram fazer ou merecer.
Essa vida de povo,é uma lei para aprender, que muitos não se podem dar ao luxo de conhecer.Apesar da desgraça exibida...com a fome na barriga,com a garganta seca e as mãos em carne viva,ainda se tem a riqueza de alma a agradecer.