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Poesias-->POESIA MÁGICA - HAICAIS, 1 -- 23/01/2005 - 18:42 (NILTON MANOEL) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
POESIA MAGICA- HAICAIS

(NILTONMANOEL)



1

Chove... Noite longa!

Insone faço barquinhos

e a aurora não chega.

2

No céu estrelado,

a bola redonda, agita,

o dia das bruxas.

3

É noite. Os barulhos

são tantos... e um pernilongo,

deixa-me acordado.

4

Muro antigo, os bichos,

movimentam-se, com medo

de uma lagartixa.

5

Famintos de espaço,

cupins, mudam de lugar,

nas tábuas da mesa,

6

Na cômoda antiga,

um jornaleiro de louça!

O guri se foi.

7

Música na rua!

O caminhão passa e vejo

meu fogão sem gás!

8

Menino de rua,

- dorme e sonha à porta da igreja -,

sem família e escola.

9

Dois corpos inertes.

Sangue escorrendo no chão!

Há droga no crime?

10

Na estreita calçada,

o bípede e o quadrúpede,

desfilam na corrente.

11

Calça desbotada,

rasgada, cós baixo... é a moda!

Quanta mulher linda!

12

Rua descalça:

- o povo clama e reclama,

e o prefeito? Viaja!

13

No escuro da rua,

alguém corre e agita a mão,

ao táxi que passa.

14

Na grama verdinha

a perereca faz cooper

e assusta a madame.

15

No verão há menos

fofoqueiros que, no inverno.;

o sorvete acalma!

16

A ágil libélula,

voa e sobrevoa, a fonte.

da praça da escola.

17

Na praça, a menina,

namora, entre belas flores.

É um buquê de sonhos!

18

Em céu de bons ventos

e a meninada feliz,

solta pipa e canta.

19

A mosca chateia,

o corpo suado do chapa,

na usina de açúcar.

20

Deitados na grama

da praça, um casal namora

e, o Sol nem se foi.

21

Na fria manhã,

o entregador de jornal,

traz notícias de ontem.

22

Em banca de feira,

o preço do feijão jalo,

vende mais arroz.

23

Friagem na rua,

sob a marquise, o homem só,

põe jornais no tênis.

24

Na estreita calçada,

portões, folhagem, floreiras...

pedestres, na rua!

25

Na coleta, o lixo,

nem pesa na mão sofrida,

do rapaz cansado.

26

Um tiro no escuro.

A estrela sái de cartaz

e a platéia chora.

27

Boteco de esquina,

o pai ausente, acredita

que, a família, é chope.

28

Brisa leve. Velas

aromáticas nos ares...

Rituais diversos.

29

Na ausência da lua,

namorados de esquina,

se esquecem do mundo.

30

Na manhã de Sol,

a libélula descansa,

num varal de roupas.

31

Campo Santo, a brisa

da madrugada, clareia,

idéias macabras.

32

Delicia de vida!

Quando há cravo e canela,

o arroz é doce.

33

Cheia de cupins,

morre aos poucos, a figueira,

da praça sem nome.

34

Sopa quente... as letras

do macarrão, revelam-me

palavras e idéias.

35

A cigarra canta

na palmeira sem parar

e nem todos a ouve.

36

No xaxim do alpendre,

a samambaia desfolha,

folhinhas no chão.

37

Saudade: - mão única.;

campas, estátuas, fantasmas.

Desfecho da vida.

38

Na areia macia,

a juventude faz festa,

com as ondas do mar.

39

Fogos de fim de ano

e, o poeta, cheio de versos,

sonha com bonança.

40

Venta e chove forte ,

vejo da vidraça,na rua,

os ônibus lotados.

41

Real na pele,

o rico chupa sorvete,

e o pobre gelinho.=

42

Natal! Luzes... lojas...

Sonhos... Novas esperanças!

e o homem só, esmola!

43

Na falha da folha

da goiabeira, o sol crava,

lâminas de luz.

44

Máscaras, confetes,

pelas ruas quanto samba!

Carnaval é festa!

45

O homem com a pá,

cava a cova e guarda os restos.

Com o fim vive a vida.

46

No xaxim de areia,

a robusta samambaia

quer dengo sem dengue.

47

Cantigas, bandeiras,

batatas, quentões, fogueiras...

é junho na roça.

48

No fogão de lenha,

o gosto do bom café,

tem casa de campo.

49

Chapéus de lã, ventos

de frente fria, caem

folhas secas no chão.

50

A lua cheia e redonda,

toma conta das estrelas.;

e o poeta, versa.

51

Na folha branquinha,

consoantes e vogais,

ondeiam meus sonhos.

52

Céus azuis. Planícies!

Cidades. Sonhos. Poder.

Quadros sociais.

53

Sete de setembro.

Independência ou morte. Sorte.

Um bem-te-vi canta.

54

É carnaval. Festa

do povo que sonha e sua

em paz com alegria.

55

Os flocos dengosos

do algodão caem no chão...

Tapetes plumosos.

56

O poeta olha o céu,

Sonha, sonha, sonha e sonha...

Desperta e escreve!

57

A inveja lateja

na alma abatida e sem calma.

Espinhos daninhos.

58

Primavera, festa

da natureza. A beleza

está da alma da gente.

59

Na mata, o perfume,

revela os mistérios lindos

que a natureza tem.

60

Nos galhos secos,

as aves pintam a tarde,

e o canto é saudade.

61

Há uva na parreira

e o néctar de cada cacho

tornam-me um eterno.

62

Na rua o homem só

não pesa na minha consciência.

Virou postal.

63

Saudade é a avenida

dos que vão antes de mim!

E eu vou pra onde.

64

Na rua do empório,

em dias de promoção,

o povo faz fila .

65

A velha senhora,

entra no mercado, na farmácia...

Não ri nem chora.

66

O sapo coaxa,

no lago da fazenda,

em noite estrelada.

67

Os campos se vão

e as aves silvestres ficam,

mais urbanizadas.

68

No verde minguado

de aves e animais, os homens,

plantam mais cinzas...

69

Escureceu e o campo

revela as luzes singelas

de mil pirilampos.

70

Luzes estelares

de abril... sutil poesia

em todos os lares.

71

Na lã do chapéu

De leve flocos de neve

Invernam meu céu.

72

Junho. A lua brilha.

Na roça qualquer palhoça

faz fogo e quadrilha.

73

Comédia medonha,

o salário do operário,

não paga o que sonha.

74

Tapete de flores,

no chão a emoção

de perfuma em cores.

75

Na clara manhã

canta um galo e numa planta

salta e salta a rã...

76

Na porta da firma,

por salário, o operário,

faz greve e se afirma.

77

Fim de tarde... o Sol

movimenta-se e inventa

as cores do arrebol.

78

Sentado no chão,

o menino, sem destino,

mastiga um filão.

79

Lua baça, esfria!

É frente fria na gente

e rua vazia.

80

Como a vida é bela!

Fartura! Há arroz com mistura.

Viva a mortadela.

81

Venta. É primavera.;

perfume em todos os lares, lume

de nova quimera.

82

No pé de abacate,

o bem-te-vi canta bem...

Um cachorro late.

83

Queimada de cana!

Venta e a palha atormenta

o fim de semana!

84

Tarde sossegada,

na rede, eu mato a sede

com limonada.

85

Em noite de vento

tem sempre o vulto de alguém

procurando alento.

86

A beira do rio

verde e robusto o arbusto

balança macio.

87

Rua longa, fria,

muito pó... O homem vai só,

sem lar, na agonia!

88

Pobre e sem afeto,

nada de novo para o povo,

sem terra e sem teto.

89

O mínimo vem!

O salário do operário,

faz sofrer? Amém!

90

Escura noite. O céu

estrelado me vê calado

com sonhos ao léu.



91

No sótão, guardados

dos antigos da família,

dão vida aos cupins.

92

Na rua devassa,

cenas constantes, obscenas,

assustam quem passa.

93

Na quadra de esporte

a bola rola, rola e enrola,

o atleta sem sorte.

94

Férias escolares

nas noites de lua, a rua,

têm bolas nos ares.

95

Folhas no chão.

Grilos. Sombras. Espantalhos

mexem com a visão.;

96

Na gaiola, canta

o canário e o hinário,

é encanto e vida

97

O grão de feijão,

descobre, na mesa do pobre,

que é ouro-tesouro.

98

Seca, mansamente,

cai a folha e o vento lento

faz formas no chão.

99

Magro o gato persa,

no canto da sala, embala,

muita conversa.

100

Sentadas no chão

crianças batem mansas

figuras com a mão.

101

Chove forte e o rio

de baixa borda transborda.

e a vida num fio.

102

Pula, corcoveia...

no embalo pára o cavalo

e o peão, na areia.

103

Flor branca e bela.

visão de impacto o cacto

de minha janela.

104

Rua molhada,

a parada brusca de um fusca,

traz confusão danada.

105

Balcão de perfumes.

Rosa Maria, formosa,

é meiguice e ciúmes.



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