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Poesias-->Amigos -- 23/02/2005 - 19:09 (osvaldo onofre) |
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Amigos...
Amigos que são, de verdade,
prescindem de afagos, de cortejos públicos,
de explicações ou desculpas.
Pois amigos que são, assim, no vera,
sentem a amizade à flor da pele, exalando,
como uma parte do corpo:
como o suor, como o sangue, como um corte no peito,
um clarão na retina, o ar nas aletas...
brota na seca como a flor do mandacaru.
Amigo sufoca, quando preocupa.;
Faz rir, quando na alegria.;
Faz dar piruetas, quando no sucesso.
Amigo, a gente admira !
O amigo que é, sempre,
deve ser mais que “um mano”.
Respeita, torce, protege, critica,
mas não inveja, que a inveja é um veneno brabo
e dissemina a discórdia, provoca a cizânia,
está longe de ser tão-só divergir.. ter outra opinião, que é salutar !
Amigos são grandes porque são distintos.
Não há grandeza na unanimidade prosélita: há miopia, há cegueira!
O amigo não disputa a maior parte, divide,
possui uma sintonia fina, sutil, ainda que distante
Já que pode está longe da gente
bem no fundo do coração
num lugar feito prá sentir
imprescrutável, indescritível
que os humanos teimariam em investigar:
Humano adora fabricar segredos.. e possuir, sempre,
o quinhão mais valioso.
Amigo que é amigo, é cardiopata sem marca-passo.
É um devoto sem ser submisso.;
É um aliado, sem ser sectário.;
É um concorrente, sem emulação.;
É um soldado, sem alistamento.
O amigo, enfim, é como uma chuva outonal
com uma bruma espessa e densa e misteriosa
que recai sobre a terra anunciando o inverno
no milagre dos céus
e molha, rega, e brota fazendo acontecer o espetáculo do nascimento
sem nunca explicar o porquê.
Talvez a ciência explique, mas isso é coisa de humano !!!
e não de amigos.
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