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 | Poesias-->PARRUDA -- 31/01/2000 - 21:35 (antonio temoteo dos anjos sobrinho)  | 
	
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PARRUDA
 
 
 
 
  “é desprezado aquele... que mais mau é pelo que finge ser 
 
   do que por aquilo  que realmente é”.      Ramalho Ortigão,  
 
   Primeiras Prosas, p. 148.
 
 
 
 
 
 
 
  É triste esta velha pequena, parruda,
 
  que pelo retrato, se vê, foi bonita,
 
  e lá no passado que o tempo saúda
 
  fez coisa que agora nem ela acredita.
 
 
 
 
  Agreste, caturra, por cima abelhuda,
 
  viveu no casulo a figura esquisita,
 
  num corpo encolhido, de mente miúda
 
  fez poucos amigos e a própria desdita.
 
 
 
 
  Não tendo passado, nem tendo presente,
 
  frustrada se perde num ser deprimente
 
  que gasta e desgasta o melhor, no viés,
 
 
 
 
  da angústia que causa no angu do fuxico,
 
  da intriga que agita em seu próprio penico
 
  e faz sua estultice aferir nota dez.
 
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