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Poesias-->Silêncios -- 23/03/2005 - 18:24 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Nossos Silêncios

(por Domingos Oliveira Medeiros)



O silêncio do início

Assim foi considerado

Era o primeiro silêncio

O silêncio esperado

O amor que se previa

A paixão que acontecia

Eu estava enamorado



Quase nada se falava

Quase tudo se dizia

Entre olhares calados

O amor acontecia

Eram gestos carinhosos

Afagos bem generosos

Era tudo que se ouvia



E o tempo foi passando

Nosso silêncio aumentava

Não se ouvia barulho

Só o amor escutava

Nossas mãos entrelaçadas

Conversas eram trocadas

Na paz que ali reinava



Era o silêncio sadio

Do desejo e da alegria

Dos que se gostam e se amam

O silêncio de quem confia

O silêncio que se consente

O silêncio do amor presente

O silêncio que se vivia





E assim eram as noites

Eternas, silenciosas

Juntos, ali trocávamos

Confidências amorosas

Quando ouvimos rumores

De mágoas e dissabores

E de questões duvidosas



Até que veio o silêncio

O silêncio inexplicável

Sem gestos e sem flores

Silêncio injustificável

O silêncio doentio

O nosso amor por um fio

O calar insustentável



O silêncio que incomoda

O silêncio indiferente

Silêncio ensurdecedor

Que explode dentro da gente

O silêncio quase total

Um silêncio terminal

De um grave paciente





Silêncio de quem ouve mal

Disfarça e esconde a verdade

Silêncio sem trégua e sem forma

E que antecipa a saudade

Barulho que se faz presente

Em cada gesto da gente

Repleto de falsidade



Foram tantos os silêncios

Durante a nossa amizade

E agora que se despedem

Vão deixar muita saudade

Sejam silêncios berrantes

Sejam silêncios falantes

De mentiras e verdades



Teve o silêncio do sim

E o silêncio do não

De quem contemplava o fim

O silêncio da separação

O silêncio pragmático

Um calar enigmático

O silêncio sem perdão



Teve até o mais cruel

O silêncio sem retrato

O silêncio indiferente

O silêncio sem recato

O silêncio que entristece

O silêncio que arrefece

E o que se sente no ato



Mas de todos os silêncios

Um só eu guardo comigo

O silêncio do teu corpo

Da visão do meu abrigo

Minha paixão foi sincera

Calado, fico à espera

Do me tornar seu amigo



Reconquistar seu amor

Consertar o mal -entendido

Abrir o peito e gritar

Como o estou arrependido

Por tanto tempo calado

Tanto amor desperdiçado

Por tanto tempo perdido











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