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| Poesias-->Foi então que percebi -- 24/03/2005 - 01:14 (Ernane Calado de Souza Melo) |
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A lua ainda reinava soberana
O silêncio da noite quebrado
Por uma seresta suburbana
Do boêmio que não dormia
Ou de algum desocupado
O sono ainda não chegara
Tampouco veio a inspiração
Fechando os versos iniciados
Por uma saudade que brotara
Das lembranças e da solidão
Restavam a música que ouvia
Meus livros e meus versos
A me fazerem companhia
Fiéis como sempre são
Nesses momentos imersos
Nos pensamentos, na poesia
No desalento, na desilusão
Percebi aí como são perversos
O sentir essa dor intensa
O adeus, o nunca, o jamais
A privação da sua presença
A falta que você me faz
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