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Poesias-->SEI-TE MORTO -- 12/04/2005 - 17:11 (MARIA HILDA DE J. ALÃO) |
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SEI-TE MORTO
Maria Hilda de J. Alão.
Sei-te morto lá fundo
do coração palpitante,
ave caída em vertigem
do seu vôo de sonho.
Sei-te morto, choro pérolas
rolando na face marcada
pela guerra de sedução
dos sexos em ebulição
na babilônia do leito.
Sei-te morto, avesso do vivo,
ser de existência abstrata,
tocar-te nunca eu pude,
mas sabia da existência
dentro de mim a evoluir
em prazer, dor e alegria,
a ejacular tantas palavras
para gerar a poesia.
Sei-te morto, ó Amor,
nas horas do crepúsculo
e nas madrugadas frias
teu fantasma tem o dom
de me esbugalhar os olhos
pensando que ressuscitaste
igual ao homem da cruz...
12/04/05.
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