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Poesias-->Eu te disse Berenice -- 16/04/2005 - 16:00 (Ari de souza) |
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Eu te disse Berenice:
Vá pelos cantos,
faça caminhada com a mesmice,
filha do distinto
Meio-fio bom cidadão.
A calçada. A sombra.
O vislumbre almejo de um passeio obdiente,
é teu vizinho que logra
contemplá-la nos laços da união.
Não te arredes,
me compreenda, não é venda.
Casarás com Por-fim
e aos trinta terás
cara de ameba obsoleta.
Não!
Mas você não quis,
e ainda no crepúsculo
ganhou força motriz.
Arriscou, desfez
bebeu asfalto quente
pegou carona com toda gente.
Amou em praias distantes,
sobreviveu invernos cortantes,
comprou passagem
namorou Fronteiras
e penetrou em festas saturnais.
Jogou com o rei
fez pose de dama
libertou das mangas, um ais
e ganhou muita, muita grana.
Foi conhecer Versalhes
Seu novo namorado da França.
Deixando pra trás,
fronteiras nacionais.
Falavam de ti em Venice, Berenice.
Sereníssima e cheia de souvenires.
Ficaste nua em Roma,
molhadinha em Londres,
cibernética na Cingapura,
desértica no Mojave,
queimadinha dos marrocos,
queridinha das Tavernas,
Nos palcos flamencos com Paella.
Tornou-se sensação De Holly,
o calcanhar da América,
que acabou com toda a festa:
Créditos finais, THE END pra platéia.
Disse tchau tchau,
goodbye imaginação.
Ficou a necessidade augusta,
que o filme fosse real,
e tivesse continuação.
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