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Poesias-->Sabrina foi aceita para uma seita, mas não aceitou. -- 16/04/2005 - 16:02 (Ari de souza) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Quem dera Passasse todos os dias na rua a vadiar.

Não. Movida por um desejo forte,

de se liquefazer e depois solidificar-se,

Sabrina passava horas em seu quarto.



Beijava retratos,

fazia juras de dor,

que haveria um dia de encontrar o amor.



O vento que soprava na janela

elevava sua coisa de imaginação,

Ela era só ela,

O resto era um mundo em vão.



Contemplava os complacentes edifícios da cidade,

ouvia sorteios no rádio, de ingressos para shows,

tinha um sorriso 800x600 pixels e mãos de teclado.



Sabrina amava os muitos parques que nunca visitara,

já tinha chorado em enterros de desconhecidos,

já conhecia muitas músicas,

e esperava um dia poder cantá-las numa festa de amigos.



Queria ter reações, sensações, ressacas,

Tudo para matar o inevitável dando uma grande dose de vida a ela mesma.

Sabrina dormiu, e não mais acordou.



Por Ari de Souza, em “Cantadas em mesas de bar”

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