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Poesias-->Encalço -- 17/04/2005 - 21:50 (Rodolfo Araújo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Eu sou a força que desaba tuas casas

Persegue tuas ilusões

Como um lince busca a presa

Contraindo os músculos no instante

Que antecede o suspiro último

Do infante



Sou a rede que pesca em fúria

Rasgando as ondas e a penúria

Desafiando as vestes espúrias

Do oceano que mais coragem

Quer ter



Tomo as formas das labaredas

Que mais podem arder na tua carne

Rompo teus poros para que sintas

O olor róseo das minhas lanças

No teu peito que pulsa meu nome

E não consegues calar



Sou o tecido que vestes para adormecer

No leito falso e obscuro

Para repousar desumana entre os braços alheios

Cometendo a heresia diária

O profano adultério de não desencravar meu sorriso

Das tuas fantasias cruéis

Projetando no céu da tua janela

Meus versos e papéis



Sou o adolescente que em febre, arde

Desbravando tuas vias, sucumbindo, latente

Sobre teu seio impuro, vacilante

Que retumba meu nome

No desejo, nas caminhadas

Sob a boca de um outro qualquer



Sou a água que te percorre

Ácida, quente,

A recobrir e fazer-te brilhar

Sob o sol oculto que pelos vidros

Penetra, penetra

A escaldar-te

No néctar

Sabor meu

Peito meu

Língua

Lábios

Lentidão de passos

Ritmo

Rapidez que semeia

Explode

Incendeia-te

Mata-te mil vezes

Rebatendo teu corpo

Entre a terra e a alvorada

Infinitamente



Hei de ser a sombra

A tua nuvem

O aroma da flor que receberes

O gosto dos jantares mais belos

A brisa que há de cortar o teu rosto

No alto das varandas românticas



Sou o líquido que embriaga

Dos pensamentos, os mais proibidos

O teu medo, teu sigilo

A vontade que desafia tua covardia

A fome que devasta tua boca

Dia após dia



Sou o amor a soterrar

O cadáver por quem vai chorar

Ao lado ou distante

Estática ou errante

Sou eu, teu início

E teu fim.



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