Em algum momento
Dos últimos cem mil anos,
Partiu do continente africano
Homo Sapiens, promovendo a expansão
Sem saber que o mundo mais tarde
Lhe imputaria rejeição.
O povo negro escravizado
Explorado...
Torturado e humilhado,
Sofria e sorria na lida
Cantava e chorava...
Nos deixou a tradição.
Povo negro sem vez,
Sem voz
Sofrimento atroz
Sem direitos, sem verdades
Cercados de preconceitos
Colocado às margens
Da sociedade elitista,
Que ele mesmo...um artista
Ajudou a construir.
Povo negro...
Onde está o seu direito
Como filho de Deus perfeito
De conviver entre povos
Que independente da cor
Precisa e deve lhe dar amor?
Você negro...
Poeta, professor
Você negro, doutor...
E você negro
Que é nada ou quase tudo,
Junte-se a nós,
Erga a sua voz
Mostre ao mundo seu valor
Mostre a todos
Que coração de negro também tem amor.
Augusta Schimidt
20/04/2005
21.30hs
Do livro Poesia & Cidadania |