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Poesias-->MISTÉRIOS -- 04/05/2005 - 23:09 (ALMIR CÂMARA) |
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182 - MISTÉRIOS
Não sei de onde eu vim e não sei para onde vou.
Não sei se o céu que existe tem pontos extremos.
Não sei como nasceu o universo que temos.
Dizem os que têm fé: - Foi Deus quem o criou.
Sendo assim, de onde veio Deus quando o formou?
Eis aí outro grande mistério que vemos.
Sinto-me em alto mar num bote sem os remos.
Um ponto de infinito peso pipocou
e se expandiu, nos dizem muitos bons cientistas,
constituindo esta imensidão, este universo.
De um ponto sai a imensidão, o seu inverso.
E o mistério de Deus, o grande recordista?...
Nada sei. Os mistérios deixo por aí
e eu , estando em gaiola, vou ficando aqui.
(29/04/2005)
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NOTA: No último verso, quando falo “estando em gaiola”, tento dar várias versões: preso na ignorância.; privado do conhecimento.; etc....;
e finalmente, limitado à quantidade de versos do soneto que é considerado
a Gaiola de Ouro da Poesia.
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