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Poesias-->Desatino -- 07/05/2005 - 17:51 (Lara Cardoso) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Anoitece...

Lá fora a noite desce...

Aqui, entre lençóis,

sem qualquer ruído,

escancaro o coração

para a alma, que padece,

em total escuridão

no brilho apagado de mil sóis

deste amor proibido...



A cama, desfaço...

Arrumo outra vez

na espera enlouquecida

de estar em seu braço,

à mercê de sua mão atrevida,

que me faz tão louca

a perder o senso da vida

para morrer em sua boca...



E a noite se esvai...

Fica apenas o toque de sua carícia

na minha pele, que ainda arrepia,

sem que eu sinta frio ou calor...

A manhã nos trai

e, o devolve ao seu destino,

ficando em minhas mãos

apenas o cheiro do nosso desatino

E, você, se vai...



(Lara Cardoso)







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