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Poesias-->CASTIGO -- 07/05/2005 - 19:12 (Lara Cardoso) |
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Que o vento varresse as palavras
calasse a boca que apregoa
extirpasse as vísceras desse amor
a fazer-me livre da agonia
portas fechadas em aldrava
tirasse esse eco que ressoa
pudesse ele levar-me em torpor
desvestir-me da fantasia
Ou a água pudesse afogar a boca que magoa
matando a vida
que desenxavida
expurga o que lhe para na garganta
dita a palavra maldita
que a tristeza planta
e cresce à toa
Mas o fogo é mais forte
e queima a alma
tira do vão a ausência
que dói feito hora de morrer
labaredas incineram a dor
e um ultimo grito
que no assoalho ressoa
como um rito
da morte do amor
Das cinzas recolhidas
viceja a figura sem cor
nasce em um sorriso
nem água, nem fogo...
o vento faz espalhar
da morte, o malogro
dilacerado inciso
perco o jogo
nada mais digo
não quero morrer
só de ti eu preciso
renasço do amor
tua falta é meu castigo...
(Lara Cardoso)
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