LEGENDAS |
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Poesias-->ESTAMPAS -- 08/05/2005 - 03:39 (JOSE GERALDO MOREIRA) |
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ESTAMPAS
Luzes da rua. Velhas estampas na parede
Cacos de vidro, brilho
Restos
Peixes, aquário. Olham-me os olhos
De vidro, perguntando de mim.
A toalha branca, a mesa, a as cadeiras
As roupas, vestimentas do dia
A nudez ostentada a certo preço
Na calma da tarde
Certas luzes que entram pela janela
Convidam à festa
Eu não quero festas nem nada
Quero o esquecimento
Dos barcos, das enseadas
Quero o riso fraco dos sofridos
Cantigas de deitar a cabeça
Lembranças de grandes amigos
Que um dia falharam em seus votos
Quero a tristeza da amada
Que um dia abandonei
Por ser aquilo nem amor nem nada
Velhas estampas na parede
Lembranças de hora tardia
Tudo quero, quero tudo
Tudo o que não tive um dia
Miríade de raios pela janela
Puxam da memória uma voz amarela
Que em muito se assemelha
Às estampas na parede
Aquilo que chamavam amor
Se amor fosse, se amor era
Na certa não teria essa voz
Se sonido amarelo
Que dilacera.
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