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Poesias-->PRÁ NÃO DIZER QUE NÃO FALEI -- 08/05/2005 - 14:26 (ANTONIO MIRANDA) |
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PRÁ NÃO DIZER QUE NÃO FALEI
psicocrafado pelo Barão de Pindaré Júnior
Por onde passa boi, passa boiada
- diz o ditado de origem popular
passa trem, passa tudo, passatempo
e se não bastar, passarinho.
Vou passar em revista, em revisão
o que escrevi, com mouse na mão
no “localizar”, buscando palavras,
lavrando os termos da composição.
Como não sou poeta de cordel
versejador de improviso e desafio
sem o papel do Patativa de Assaré
nem busco rimas no dicionário...
Pois é... rimo é no meio, atravessado
em qualquer lugar, e se quiser
e convier. Vou listar o preterido
- mas nunca o esquecido – se se quer.
Apenas para constar, não é?
Não falei de cafuné, pois não.
Nem de rapé, axé e bicho-de-pé
porque estavam, pois sim, subentendidos.
Esqueci da Marta Rocha e suas polegadas
a mais, e dos versos preferidos
do Bilac, nem citei as vaquejadas
nem o Cadillac de JK no museu.
Deus meu! Esqueci até a devoção
a Nossa Senhora de Aparecida. Sacrilégio!
O Auto da Compadecida e o Cícero Romão
de nosso culto, romaria e sortilégio.
Deixei de lado até mesmo o futebol
e suas/nossas/deles glórias eternas
o arrebol do Araguaia – e levo vaia
por olvidar as vedetes e suas pernas.
Samba do crioulo, branco azedo,
do nissei, do sansei e do não-sei,
esqueci a lira do Álvares de Azevedo!!
Tive medo de citar o ppresidente Figueiredo.
Passaredo, Passa Quatro, Pajuçara.
Não citei Araraquara e nem a capivara...
Onde ponho a Xuxa, o Pelé e o Gegê
(quem se lembra?!) e os ídolos da tevê?
Quem não comunica se trumbica
dizia o filósofo Chacrinha – um ventríloquo
com o relógio na pança. Como fica?
Ubíquo? E o “Criança Esperança”?
Em verdade, os digo, falei de todos
eles, de tudo, nas entrelinhas
das verdades comezinhas, modos
de ser, de falar e de representar.
Somos múltiplos, prolixos, discursivos
misturados, uma salada - Xtudo.
Os preferidos de Deus, predestinados
e tudo o mais... e fico mudo.
heterônimo de Antonio Miranda
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