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Poesias-->MAL AMAR -- 14/05/2005 - 02:30 (DULCE VALVERDE) |
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Sua destruição me afoga,
é gradual
Primeiro consome as bordas
arranha a casa, quebra a porta
enjaula a voz, perfura o peito
arrebenta a sacada, arranca as flores
atea fogo...
e sofre
Sofre com o cheiro de queimado.
Depois, negando a força da sua mão,
rega com a chuva do pranto
minhas dores
cuida das queimaduras com um sorriso
beija as cicatrizes com o lado bom do coração
recupera o terreno, salva minhas raizes
e, ao me ver brotar
e respirar a luz do Sol preciso,
reinicia o processo de destruição.
E, ainda assim, me diz que tem amor,
que não me quer mal, "não!".
Como você sabe o que é amor,
se sabe amar?
Quem me garante
que o que você me dá
é céu aberto e visão do mar?
Que é tudo o que você tem
e o que pode me ofertar?
Quem me garante
que posso acatar o que você me diz?
Quem me garante
que depois da ruína
poderemos ser?...
poderei ser ao lado seu um ser feliz?
D.V.
14/04/96
Copyright © 2005 Dulce Valverde
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