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Poesias-->ALMAS -- 22/05/2005 - 19:33 (JOSE GERALDO MOREIRA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
ALMAS



O que não falo

Queima o palato

Incendeia meu silencio

Que arde lentamente.



A voragem das chamas

Devora minhas florestas

Esturrica caules

Faz cinza das folhas.



Sem ar, fotossíntese

Sou apenas sinônimos

Desesperados de luz

De ar, transpirar e arder.



As falas não ditas regressam,

De esporas afiadas, à morada

Montando cruéis minha alma

Que, sempre serena, sucumbe cansada.



Seus relinchos são de dor e revolta

É assim que ela se ergue

Carregada de ódio e soluções

Sem músculos e cheia de atenção.



Seus cascos aprumam as ancas

As orelhas aprontam lanças argutas.

Minha alma é pura rebeldia

Erguendo-se da carcaça vazia.



Minha alma é pura greve

Geral e permanente de liberdade.

Seu galope rompe a carne

Seguindo para a cidade.



Galopando, célere, não percebe

Que o que não falo a segue

Como se fora pequeno baio

Cavalgando sem decisão.



A montaria do corpo pouco

Abisma-se com a hípica demonstração

Da alma decidida

Que não mede cerca nem lamentação.



Entre tantas outras montarias

Vê-se minha alma desprotegida

Com mil laços lançados

Em busca de nova garupa.



Como é difícil uma alma alazã!

Galopa plena e altiva

Abandonando a cavalariça

Do corpo que contempla e abisma



Corcoveia, renega seu dono

Sugere abandono e vai,

Dorso suado através do pasto

Rompendo em novo parto.



Quando, crinas revoltadas

Olha de cima do platô

Para as almas conformadas

Relincha-se e alinha-se a seus iguais



Que cavalgam para longe

Sem cercas, prisões, generais

Em alegria tão natural

Que o corpo sucumbe.



Tine quando cai.





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