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| Poesias-->FILHOS -- 29/05/2005 - 12:28 (JOSE GERALDO MOREIRA) |
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FILHOS
Os filhos vão se edificando por/para si.
Suas bases desoxirribonucleizadas
Vão se estruturando,
Cadeias moleculares se formando.
Mágica,
Células canhotas, destras,
Tomam formas independentes.
Crescem-lhes os dentes.
Aprendem. Desembargam nossos passos
Lançam-se ao espaço
Erguem cidades, cruzam hemisférios
Estendem fronteiras, arruínam impérios.
Os filhos aprender por/para si.
Subjugam, julgam, condenam.
Vão aos altares. Alienam-se.
Fazem bombas e antídotos.
Caem-lhes os cabelos,
Vão aos túmulos. Insatisfeitos
Tornam-se pó.
Fermentam em zigotos
Reestruturam-se
Regressam ao mundo.
Os filhos, ah, nossos filhos,
Nos escolhem em míseros segundos.
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