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Poesias-->SEPULCRO -- 31/05/2005 - 09:50 (ALEXANDRE BAENA DOS SANTOS) |
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AFOGADO, SINTO MEU CORPO GELADO,
BALEADO, SINTO MEU CÉREBRO ESTILHAÇADO,
ESFAQUEADO, SINTO MEU FÍGADO PERFURADO.
O SANGUE JORRA DE MIM,
ESPERO PACIENTE MEU FIM,
NÃO PREVIA QUE SERIA ASSIM.
O CHEIRO DA MORTE SE INSTALOU,
EM MINHAS NARINAS IMPREGNOU,
E O SUÍCIDIO ME CONVOCOU.
VEJO OS MORTOS, AFAGO SUA SOLIDÃO,
APOCALIPSE TENEBROSO DE PURA DESILUSÃO,
MARCHA SEM RUMO, SEM DIREÇÃO.
TRANCADO EM MEU CAIXÃO TENTO RESPIRAR,
MAS O PERFUME DAS FLORES QUER ME SUFOCAR,
E AS IMAGENS DA MINHA VIDA COMO UM FILME A PASSAR.
ENFORCADO, SINTO A TRAQUÉIA FECHAR,
ENVENENADO, SINTO O ESTÔMAGO QUEIMAR,
SEPULTADO, DEIXO A MORTE ME LEVAR.
Baena
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