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Poesias-->FANÁTICOS ROBÔS -- 30/06/2005 - 21:45 (JOSE GERALDO MOREIRA) |
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Não tenho palavras para expressar
o que a ti diria, sem pensar
em outro tempo, outro lugar
outro corpo que pudesse amar.
resta esse tempo louco, apressado
fazendo viver menos e mais depressa ainda
com essas coisas ebulindo por dentro
querendo tempo para serem vivas.
Não há tempo, nem lugar:
fanáticos robôs festejando
o momento da lubrificação.
ficamos nós, à espera de emoção.
Pedemos nossos dias nessa faina
nessa inutilidade sem graça
prestando atenção na mobília
esquecendo de morar na casa.
Talvez entendas que me faltam palavras
como falta afeto. O que seria do mar
se não fosse o vento do deserto?
Talves entendas a alma que carrego.
Quando for demais tardio
quando nada mais restar
poderei sentar-me em alívio
de não precisar falar
as coisas que deveria
o amor que tinha
as obrigações esquecidas
as palavras intraduzidas.
Quando tentares entender
que minha arma é o que me finda
perceberás, atrás da face definida
um certo sarcasmo para com a vida.
E inveja dessas máquinas indecentes
que ficam esquecendo gente
nascendo de qualquer introjeção
sorrindo na orgia da lubrificação.
Inveja, sim. Que, amanhã,
quando reiventarem o idioma
aqui estarão elas para dizerem
as palavras que agora somem.
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