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Poesias-->Thaís -- 21/07/2005 - 12:12 (osvaldo onofre) |
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Thaís
Era julho
estampido no ar
ao longe dentro das nuvens
nos confins do mar
um barco que corta
o horizonte plano
com seu pulmão branco
percutindo o vento
cruzando as águas
imaginárias do meu oceano.
Como uma estrela guia
embora tempos além
também anuncia a criação
como ocorrera em Belém.
Taí o vosso fruto:
sublinhou
O coração em renovo
já é hora
de multiplicar, alude
passar de filho a filho
a própria juventude.
Poderia ter sido Fedra:
pedra brilhante
ou Rosana:
a mais graciosa das rosas
ou Fausta a afetuosa
mas foi Thaís prá ser contemplada
adorada e prosperar
conforme o presságio grego
de forma tão retumbante
que a si mesmo revigora
e aos demais ensina
e se a vida já era muita
vai se fazer maior ainda
Como versejou o poeta
no açude escuro dos
meus olhos úmidos
há apenas felicidade
a dádiva do barco
foi um milagre:
Chamou-se vida
Chamamos filha.
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