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Poesias-->Não acaba -- 21/07/2005 - 18:39 (Rodolfo Araújo) |
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Beija o mar quando eu me for
E o lenço branco agitar
Guarde a gravata dourada
Lembra o quanto foi brilhante
Neste sonho de amar
Olha a primeira estrela do céu
Ela dirá para onde eu vou
O sabor da despedida é de fel
Quem sabe não sobre amor
A música da vida vem
Uma lágrima insiste em cair
Neste baile de ir e vir
Restou-me somente partir
Quem sabe um dia eu não volto
Com um sorriso que nunca viu
Quem sabe um dia eu não volto
Para se esquecer de quem partiu
O sol amanhã está de volta
Seu coração em revolta
Há de encontrar a paz
É o contorno torto da vida
que aqui mais uma vez se faz
É de luz o seu caminho
Não importa se estou sozinho
De longe vou observar
Os seus diários sorrisos
As lágrimas e os desafios
Só não irei ao altar
Ah, como o vazio virá
Ah, na minha boca, o que há
Amargo sabor da saudade
Que não se apaga nem com a idade
Como irei me curar?
Bom Deus, que prece devo fazer?
Quantas vezes devo morrer?
Para em tais braços ficar?
Bom Deus, em quais chamas devo arder?
Quantos acenos hei de oferecer?
Por que não posso ficar?
Embora vou, na certeza de que não é adeus
Deixe uma rosa no rastro, meu Deus
Para que saiba quando devo virar
Para trás os olhos
Apontando o corpo
Para aquele andar
E a música, eu sei, vai me chamar.
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