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Poesias-->SIMPLESMENTE AMANTES -- 07/08/2005 - 17:59 (MARIA HILDA DE J. ALÃO) |
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SIMPLESMENTE AMANTES
Maria Hilda de J. Alão
Tu és o concreto e eu o abstrato,
Somos o limite da sanidade humana.
Somos metáfora e sinestesia,
A reflexão de sentimentos.
Somos enigmas na carta
Da astrologia dos deuses.
Somos os gemidos dum parto,
Soldados marchando para lutar,
Ilha no meio do oceano,
Mistério do fundo das águas.
Somos o vôo dum pássaro
Em busca de novas terras.
Somos o touro e o sangue na arena,
Da paixão nós somos a fúria.
Somos como a escuridão e a luz
Enquanto uma oculta a outra revela.
Somos o fogo da vida
E o inverno da morte,
Somos o tudo e o nada:
Somos simplesmente amantes.
07/08/05.
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