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Poesias-->destino -- 20/08/2005 - 23:56 (maria da graça ferraz) |
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Ali, na varanda,
uma pétala de rosa vermelha
voou, às tontas,
até que se deitou
no assoalho frio branco
como um coágulo de sangue
E ninguém percebeu isto!
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E ninguém percebeu isto!
Que aquela pétala
contava a história
do livro do mundo
em silêncio estóico,
amor profundo, tão poética,
como só sabem fazê-lo
as coisas simples da terra
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E ninguém percebeu isto!
No chão, a pétala alegre,
doída, seca, exausta,
era como uma unha arrancada
de um dedo
que ainda arranhava
e se debatia
sem saber como morrer
completamente
Porque as coisas da vida
deixam segredos
rastos sementes filhos
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Ó pétala vermelha
tão suave tão pequena
que tanto ensina...
Tu - que conheces
a dor da abelha
o assombro da queda
o destino
os ciclos da vida
Diga-me:
"Por que eles não percebem isto?"
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