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Poesias-->AMARRAS -- 27/08/2005 - 13:33 (getulio silva) |
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AMARRAS
Soltaram os nós que
Prendiam minha alma
Abri as portas
Do meu coração e deixei
A brisa do mar
Envolver o meu corpo.
Permiti que a criança
Que vive em mim aflorasse
Libertei-me do meu passado
E fiz do presente o agora
Cantei desafinado
O afinado dos meus sentimentos.
Chorei de alegria quando
Percebi que a tristeza
Afogou-se no labirinto da paixão.
Renasci das cinzas
Que restaram do ontem.
Interiorizei meu olhar
Buscando o fogo do amor.
Senti a leveza do meu ser fluindo,
Exalando, evaporando...
Como perfume de flores silvestres.
Caminhei por lugares distantes
Nunca caminhados.
Deixei os meus pés livres,
Soltos leves, libertos...
Sem o comando do meu cérebro
Pisei a areia, a terra, a argila...
Como plumas flutuantes.
Sonhei com o futuro,
Vi previsões de Nostradamus
Só visualizei pássaros, anjos, santos...
Acordei me sentindo amado.
Soltei as amarras
Libertei meus fantasmas
Passei a limpo os meus rascunhos,
Rasguei documentos antigos,
Esvaziei as gavetas,
Atualizei agendas,
Limpei a poeira dos móveis
Mergulhei nas águas da fonte,
Voei fora das asas
E acabei de nascer para o amor.
Getúlio Silva
23/09/03
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