Usina de Letras
Usina de Letras
23 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63262 )
Cartas ( 21350)
Contos (13302)
Cordel (10360)
Crônicas (22579)
Discursos (3249)
Ensaios - (10693)
Erótico (13594)
Frases (51781)
Humor (20180)
Infantil (5606)
Infanto Juvenil (4954)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141322)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6358)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->CRISE -- 04/09/2005 - 15:21 (ANTONIO MIRANDA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CRISE



Poema de Antonio Miranda





Tem um anti-herói - Macunaíma - levitando no Congresso.



Os intelectuais estão mudos, perplexos

monologando sobre a utopia corrompida,

relendo manifestos. Paquidermes ressentidos.



Os políticos sangram, desencantam

(quem foi estilingue virou vidraça)

sugam as entranhas do poder

num inferno a céu aberto.

Em posições trocadas, os canalhas

em espelhismos e disfarces sutis

exorcizam fantasmas redivivos

- ou seriam mortos-vivos

canibalizados.



Um batráquio atônito discursa

para as colunas surdas

para ouvir o próprio eco.



Não, não e não!!! é o bordão

dos acusados. Ato falho, coerção

enquanto os jornalistas sádicos

regozijam-se, triunfantes

sobre os escombros.



Os urubus planam ávidos

sobre a esplanada desconcertante

e os ratos roem os alicerces

precários.



Os banqueiros estão blindados

mas assustados.

Os militares cegos, os religiosos surdos

e os juizes calados.



A população aturdida

- enquanto a lama medra -

não entende mas pressente

a véspera do nada.





Brasília, 3 de setembro de 2005

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui