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Poesias-->NERVOS DE AÇO -- 25/09/2005 - 18:30 (Edson Campolina) |
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NERVOS DE AÇO
Que toquem todas as canções.
Morto num sofrível passado,
Jaz aquele tempo sombrio
De um coração perdido, acuado.
Ouço a velha cantiga e
Não sinto a solidão apertar-me
Num mundo pequeno, sem passo,
Com nervos pulsando na epiderme.
Hoje meus traços firmes
Circundam na ponta do compasso
A lucidez do amor tranqüilo,
Com pulso de nervo de aço.
Que toquem todas as cantigas
Daquele tempo de desamores.
Pois não mais acalentarão
As lembranças mortas das dores.
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