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Poesias-->Relâmpago -- 30/09/2005 - 17:06 (Fatima Dannemann) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Relâmpago



Fatima Dannemann



Passou

Como uma chuva a lavar a rua.

Foi-se

sem rastros, nem sombras.

Sem marcas.

Perdeu-se

na poeira do tempo

como a areia da ampulheta gasta.

O que foi,

não lembro.

Quem era,

não teve importância.

Tal como uma flor que murcha

quando chega o inverno,

perdeu-se num canto da memória.

Não deixou marcas.

Não resgatou karmas.

Não teve a menor importância.

Apenas passou.

Como até a pior das intempéries

passa algum dia.

E foi como se nem houvesse chegado.

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