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Poesias-->DISCIPULADO -- 07/10/2005 - 18:20 (ALFREDO ROSSETTI) |
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De que cor eram as paredes?
Tudo que foi antes, sobrevive à roda de um não.
Muitos ruídos secos, lutas infindas, ecos inconstantes.
Tudo muito cercado de sedes.
Tudo muito aureolado pela solidão.
Chuvas de conceitos no aprendiz duvidante.
Mas verdades só nas páginas artífices
das dezenas de livros pensos na estante.
Altar companheiro, mais mestre que móvel.
Mais lar que as paredes que agora indago a cor.
O preceptor silencioso, sem ardis, constante,
livre da imposição do pecado de não ser um rio,
um pássaro, um verdureiro, um ator.
É, o ser sem manhã nem noite.
Pequenas ilhas de medo essas tardes aliciadas.
Dos baús de prenoções às páginas mitigadas
contra o religioso flagelo,
desnudavam os vetos altivos, peias da alma,
para tornar o amanhã pelo menos amarelo.
2005
www.alfredorossetti.com.br |
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