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Poesias-->Velas ao vento. -- 11/10/2005 - 20:47 (Gerson Ferreira da Silva Filho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos












Como me introduzi em ti?



Decerto não foi por descuido.



Mas na vontade explícita,



De encontrar-me, de verdade.







Logo entendi tua natureza.



Que muda conforme a lua,



Ou só porque deseja a incerteza.



Quando teu dorso vibra a barlavento.



Em pele totalmente nua.







Quanto da minha força



Pude em dor, colocar de corda e cabo,



Nesse cabrestante.



E ouvir o teu roçar pelo costado.



Um desejo enciumado.







Fazendo com que a referência,



Fugisse dos meus olhos,



No teu ato contínuo de envolver.



Perder-me-ia, se não fosse a agulha.







Mas, não adianta...



Meu destino está traçado.



E quando quiseres me beber



Meça a boca e leve-me ao regalo.







Não estarei pronto,



Mas enfim estarei bem longe



Daquele porto, daquele ponto,



Que se chama só saudade...







Aonde o calado, sempre me leva.



A única com quem tu me divides,



Lá me espera.



Uma paixão tão pesada, quanto esse lastro.







Ela espera,



Porque esperança



Deveria ser seu nome.



Uma coisa tão pequena.



Um lume, no horizonte.



















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