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 | Poesias-->Fisgada -- 17/10/2005 - 15:58 (José Ronald Cavalcante Soares)  | 
	
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Nas mãos trêmulas
  rimas partidas
  sonhos desfeitos
  horas vazias
  vida sem rumo.
 
 
  No longínquo 
  e inatingível
  horizonte,
  o traçado
  frio do adeus,
  sem lenço branco,
  sem mais nem menos,
  apenas, um adeus.
 
 
  O riso se foi,
  a rosa despetalou,
  o retrato perdeu a cor
  e ficou dependurado
  na retina,
  piscando na memória,
  debilmente,
  como uma fisgada 
  de dor que não mata,
  mas incomoda tanto.  |  
 
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