ENLEIO Como entre os galhos Quando os reflexos brilham mais Se versos fossem silêncio Silêncio mesmo morno e calado Quando são os sentimentos sós A ingênua mistura que flui Por todos os cantos e arredores Numa noite plácida que somos É uma figura entre carícias Vida e desejo, apenas nós Torrente que escorremos Em espiral regando-nos As raízes da paixão O nosso cheiro sentido Expelido pelos vitrais