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Poesias-->NÃO-LUGARES -- 01/11/2005 - 14:54 (ANTONIO MIRANDA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
NÃO-LUGARES



Poema de Antonio Miranda



I

O sonho é um não-lugar

que habito

virtualmente

- no tempo e no espaço

da não-existência

de cuja permanência

ou imanência

dependo.



Entendo: sonho, logo existo.



II

No bonde, antigamente...

No trem, no navio, em movimento

- um não-lugar concreto.



E na Internet, atualmente.



O bonde trilhando

O avião voando

O navio...



Existe lugar em movimento?



(Um-lugar-de-momento).



III

Onde estou, se sou?

Mas não estou em mim,

necessariamente.



Habito uma galáxia

(planetária)

em expansão

(informacional)

e sou onde estou.



IV

Se existem tantos centros,

eu sou um deles

- o único possível para mim.



Não por causa do egocentrismo

ao contrário:

por causa do exocentrismo

- o sair de mim,

o expandir-me

pelo compartilhar

pelas relações múltiplas, rizomáticas, fractais.



V

Se escolho navegar também sou escolhido

viro um escolho no oceano e também escolho

minha centralidade

(eu quase disse individualidade).



Fracionando-me pela rede.



Distribuído, digerido

- vomito e, na volta, me devoro

e excreto: sou mutante.



VI

Vou aonde a rede me levar.



E o meu endereço

(o meu lugar) é a rede

em que descanso

e me reencontro:

eu-ilha

virilha

trilha...

(e outras relações metatextuais

ou hipertextuais). Demais!





(Brasília, 30 de outubro de 2005)



Outros poemas do autor em www.antoniomiranda.com.br

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