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Poesias-->Labirinto -- 16/12/2000 - 21:48 (J. C. Menezes) |
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A tristeza me consome.
Impotência.
Impossibilidade.
Invencibilidade.
Tudo a fazer e nada a fazer.
A esperança é uma flor artificial, azul, plantada numa superfície de concreto.
Rego um sonho.
Para que eu não deixe de sonhar.
A mão estremece a cada rega.
Quero e não posso.
Posso e não devo.
Sucumbência do emocional.
A racionalidade é empecilho para que eu seja outrofeliz ?
Os olhos entristecem a cada olhar.
Visivelmente.
Os sorrisos, cada vez mais significativos de um imaginário possível,
Congelam no rosto, ante a imagem de um real impossível.
As mãos se juntam como os náufragos.
Se tocam e se prendem, numa busca de desespero.
O adeus do último trem. A última visão.
O último aceno. A mão pálida, no ar, em queda livre.
O vôo sem o azul.
A previsibilidade rotineira e cotidiana do porvir.
O dia a dia.
A luta para não sucumbir ao horror ainda inimaginado.
E este coração que ainda bate.
Onde ficarei eu nesse caminho ?
Em que sendas eu me perderei ?
BSB,02.12.1999 |
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