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Poesias-->TEMPO DE DESVÃO -- 10/12/2005 - 13:08 (ALFREDO ROSSETTI) |
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Mornado o renque de estames que conduziu como vagões
minha vida desde o instante que sem pré-consulta vim
aviltar as horas de fados recíprocos e dissonantes,
tenho a sensação de concrescer em linha rumo ao termo.;
ao que denoda a passividade que esperei como refúgio
nesta fase anteoutonal cujos medos pulverizam-se em ex-lutas
ao se ter a mescla do não retorno, da fila que impele,
da entrega maciça de perimir , da constatação do ciclo.
É quando a caverna da alma abre o recôndito à mente
e se busca o peremptório lugar no mundo outro
tanto prometido, que por tempos escarnecidos,
surge, chave de um corte inesperado, que se espera
remando em águas furtivas, em posses e desejos
que a cada passo nestes dias, manifestam-se inócuos e frios,
agora com o discernimento a tolher um passado
sonhado, aunado em tentativas da inexistência do amanhã.
É quando temos o tempo fora das nossas amarras,
flutuando em torno, como sombras, desvaneando
amanheceres longe do que denominamos chão.
2005
www.alfredorossetti.com.br |
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