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Poesias-->DEZEMBRO -- 11/12/2005 - 21:58 (ALFREDO ROSSETTI) |
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Caio embaixo da tarde e apinho-me ao movimento
não-cotejado pelas ruas na diversidades de palavras soltas
raiadas de corpos rumo à festa pagã
dos milhares de deuses comerciais
que cumprem a tarefa de retalhar
a dicotomia ao lado do menino velho
que se esteira na manjedoura de gesso
e que transforma a parte do mundo
em que me encontro (todo ele)
em alucinantes luzes pequenas,
colmeias alastradas em galhos,
exibidas como o troféu que conceitua a todos
em existir qual igualdade de propósitos
na diferença apenas do que foi para cada um
o ano de que mais nada se espera
posto ser estertor do aglomerado de fatos
já esquecidos, já bem guardados
nestas sacolas plásticas das conquistas
dos modernos navegadores da circunvolução
que buscam a amplidão da existência,
nem que sejam limites o guinar
até a costa do fim do ano
e que em apenas um dia se comemora
não sei se término, início ou recomeço.
Sei tão somente que após isso,
a terra firme voltará a ser polvilho de areia.
2005
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