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Poesias-->MELANCOLIA -- 16/12/2005 - 19:09 (ALFREDO ROSSETTI) |
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A tarde sentia-se
dentro da minha irresoluta impaciência,
como fosse a dona do mundo.
No fulgor de nuvens impenetráveis sorriam,
solares, disposições do tempo
ante nódoas de meus olhos e bailados da angústia,
irmã no rigor de inações remissíveis,
a clausura no brilho do dia interminável.
Pensava frágil
na maneira do sentir
reinado da rua em claridade
que se tornara dentro de mim, lástima.
A tarde sabia que eu não podia
sequer segurar um ramo de alecrim
nas mãos atadas pela beleza instantânea.
E que no coração inabitado,
faltava uma faca de fio norte.
E assim, enraizado na suscetibilidade do vazio,
fiquei na calada inexistência da chuva,
fruto, na vontade de permanecer-me solo.
Falível e eternamente noturno.
2005
www.alfredorossetti.com.br |
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