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Poesias-->cosmogênesis -- 21/12/2005 - 02:15 (maria da graça ferraz) |
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Cosmogênesis
mdagraça ferraz
"gracias a la vida"
Porque tu me perguntas,
desajuizada criatura,
como começou isto tudo
a que chamas mundo
Respondo-te : Assista o desfile
de uma escola de samba
com quem estuda arcanos, ó triste
***
Observa a avenida vazia,
o tubo, o espaço-círculo
E, depois, ouça o grito
longínqüo do puxador do enredo,
o ritmo do tambor, a plangente cuíca
E desta treva tumultuosa,
aos poucos, o segredo revela-se
A correnteza louca
dos passistas, em alas, escoa
a cor, a forma, as cabrochas
mulatas, rebolados de ancas,
virgens nuas oferecidas
para o ritual do sacrifício
À frente, a comissão
dos anciãos pede permissão
para a passagem pela avenida
***
Oberva a beleza da fúria
A luta infinita entre pares
Os estandartes. As alegorias.
O esvair dos números,
do alfabeto, dos símbolos, dos exércitos,
nas mandalas das saias
rodadas das baianas brancas
E observe o jorro!
Serpentina e confetes!
O ÊXTASE! A APOTEOSE!
A esconjuração dos demônios belos!
E, depois, fecha teus olhos
Não me perguntes nunca
qual Luís está sendo coroado,
nem qual rei foi destronado,
muito menos o quê celebram,
porque festejam o esquecimento
de suas estupidez, a escravidão
luxuosa,o teatro dos Tempos
***
Porque o mundo é tudo isto
e
O mundo é nada disto
Não fica triste !
DERAM-TE A FANTASIA
DO LIVRE ARBÍTRIO:
A MORTE. A VIDA.
O resto, é cinzas
O resto é sonho
Lantejoulas
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