Usina de Letras
Usina de Letras
16 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63522 )
Cartas ( 21356)
Contos (13309)
Cordel (10366)
Crônicas (22590)
Discursos (3250)
Ensaios - (10779)
Erótico (13603)
Frases (52012)
Humor (20212)
Infantil (5653)
Infanto Juvenil (5010)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141411)
Redação (3380)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2445)
Textos Jurídicos (1975)
Textos Religiosos/Sermões (6396)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->EM STONEHENGE -- 25/12/2005 - 11:39 (ANTONIO MIRANDA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


EM STONEHENGE



Poema de Antonio Miranda



Para Iracema Marinho



“Toda gênese procede da terra. Toda gênese

Está manchada de impureza e horror”.


CONDE DE KEYSERLING



I

Quem ergueu estas pedras votivas

num espaço sobre-humano

e insano?



A que deuses invocava

a que forças aludia

a que fenômenos referenciava

e reverenciava?



Quanto pode o homem

em sua obstinada recriação

— tudo ou nada?



E a cultura

é sempre contra-natura

em sua vã fatuidade?



II

Quais os limites

da materialidade em que vagamos

errantes e solertes?



Pretensa eternidade

nestas pedras inertes...



III

Nas ruínas pré-históricas

(atribuídas aos druidas)

dois tempos simultâneos

contradizendo-se:

eu, perplexo, buscando

um nexo

entre a fragilidade humana

e a vã materialidade

daquele monumento.



Em que momento

voltaremos a ser terra

regressaremos à comum

mineralidade?





Chácara Irecê, 30/01/05

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui