Usina de Letras
Usina de Letras
21 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63362 )
Cartas ( 21354)
Contos (13305)
Cordel (10362)
Crônicas (22581)
Discursos (3250)
Ensaios - (10727)
Erótico (13599)
Frases (51886)
Humor (20199)
Infantil (5633)
Infanto Juvenil (4974)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141355)
Redação (3366)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1969)
Textos Religiosos/Sermões (6374)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->médico 21 -- 19/02/2006 - 01:15 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Porque ninguém sabia!



Ali, ninguém sabia



o quê se fazia



e porquê se fazia



E o mais impressionante



é que mesmo sem saber, fazía-se



Porque ali ninguém sabia



onde se estava



e para onde se ia



Atravessáva-se uma ponte



Uma ponte que também



não sabia que era ponte,



e por não saber, possuía outro nome



Qual o outro nome que teria



a ponte que não era ponte?



Ninguém sabia. Ninguém sabia.



E, ainda assim, ría-se, mexía-se,



como se alguém, fora dali,



um "quem" , em algum onde,



sacudisse o guando, sem ter



nada melhor para fazer



Mas fazer o quê? Para quê?



Deu no jornal? Passou na TV?



Não. Ninguém sabia.



E a vida ia



Dava onde a vida?



Ninguém respondia.



E todos, ali,



achávam-se sábios



e o mais sábio, entre eles,



era o que melhor convencia



aos outros do quanto ainda não sabia



E passavam-se dias



Inventavam teorias absurdas



Técnicas cirúrgicas



Leis injustas



Coisas e coisas que nasciam



para serem substituídas



por outras coisas e coisas



passageiras, sem grande valia



Não! Ninguém sabia!



Era a luta infinda e divertida



pelo alívio...pela cura



Ninguém sabia!



As vezes, um humilde



gritava DEUS NOS AJUDE



Mas Deus ali esquecido,



saber, Ele sabia,



debatía-se amordaçado



E quem o escuta?



Quem o escuta? QUEM?



Ninguém sabia...Ninguém sabia...



E os tempos escorriam



sem mudanças significativas



nas coisas apáticas que dormiam



Doutor, me salva!



Salvar? Mas quem salva o doutor?



Ninguém sabia



Amor? .....Amor????



Ninguém...ninguém sabia



Só sabiam a hora ínfima-



a exata hora, imperturbável-



que o plantão terminaria







Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui