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Poesias-->poema 2 -- 19/02/2006 - 01:20 (maria da graça ferraz) |
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Hoje, as coisas do mundo
chamam-me pelo nome
E como elas sabem meu nome?
Surpreendida, eu pergunto
mas elas não me respondem
E, assim, sou eu, hoje
Despossuída de mim
Areia que vento
carrega pela noite
à minha porta faz monte
Eu pergunto de onde a areia vém
Vento diz que vém de longe,
e dizendo meu nome, vento abre a janela,
canta, geme , some
Ah, este meu exílio interno
Altas torres em que me encastelo
Mas fugir como? Para onde?
Tudo lá fora sabe meu nome
O que eu queria mesmo
era a Paz das coisas sem medida-
larga paz de tudo que dorme
Limpas, no pré-tempo,
antes da boca do homem
Paz das coisas sem nome
que nem sonhar, podem mais
E nas longas noites insones
sou eu quem as chamo
Nua, branca, louca,
língua tatuada,
corro
para o país do sol nenhum
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